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22 fevereiro 2018

Mimosas com cheirinho a gramática

Cá estão as esperadas mimosas. Esperadas porque anunciam a Primavera, embora não sejam as primeiras flores, pois encontrei outras com um amarelo também vibrante, em Dezembro, mas sobre isso escreverei um destes dias. São as mais abundantes e por isso ninguém as pode ignorar. Há quem deteste a planta por ser infestante, o que é argumento de peso. Pessoalmente, aprecio os mimosais por serem habitats de cogumelos, e as flores, mas não me atrevo a tentar descrevê-las depois de Rui Ângelo Araújo o ter feito no seu romance recentemente editado, Hotel do Norte, com requintes de sensualismo multiestésico.

(Acho que seria mais correcta a palavra «poliestésico», por coerência entre as origens gregas do prefixo «poli» e da palavra «estesia», mas, por um lado, a poliestesia é uma doença humana, por outro lado, a formação das palavras nem sempre segue as regras. Pronto, dá-se um pontapé na gramática, atordoa-se a etimologia e fica-se com multiestesia.)

Nesta composição recorri à frescura do amarelo mimoso para contrastar com as cores escuras dos cogumelos castanhos, cujo nome, infelizmente, desconheço, e dos Trametes versicolores, que encontrei, precisamente, num mimosal.

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