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29 outubro 2018

Natalloween

O Outono está aí, com os seus frios, os dias a encurtarem a olho nu, as folhas caídas, as castanhas, a lareira, o vinho novo, os dióspiros, o Dia dos Mortos, as luvas, muitos cogumelos. E há decorações natalícias numa montra e de Halloween noutra. Ainda passa alguma bruxa para a árvore de Natal e a vaquinha para dentro de uma abóbora...

28 outubro 2018

Folhas de silva

No primeiro dia da estação em que as mãos me ficaram anestesiadas pelo frio, não me arrependi de ter saído para o monte. Ainda com flores estivais, como a Mil folhas e a Centaurea nigra, já com muitas folhas de silvas bem adiantadas no pintor, já com cogumelos bastantes, foi uma hora de alegrias.

27 outubro 2018

Despedida

Com quatro cogumelinhos apenas, me despeço do tempo ameno e das suas dádivas. Adeus, flores primaveris e estivais que chegastes até ao fim de Outubro. Olá, chuva, olá, vento, olá, frio! Trazei-me cogumelos e ficareis perdoados das vossas inclemências.

26 outubro 2018

Mudança

Às figueiras já cai a folha, os medronheiros estão carregados de flores e frutos, ainda há flores de Verão e até de Primavera, hoje deve ter sido o último dia morno do ano, o tempo voa.

25 outubro 2018

O tamanho também importa

Há cogumelos bem grandes. Estes brancos que julgo serem da espécie Lactarius vellereus é dos maiores e mais robustos que já vi.

24 outubro 2018

Amanita muscaria

A temporada da Amanita muscaria está aí e tenciono aproveitá-la. Há cogumelos bonitos, extravagantes, inexpressivos, raros, estranhos. E há este vermelho com pintas brancas, que nunca me cansa. Hoje vi cinco. Deixei os outros quatro bem agarradinhos à terra. Sacrifiquei este que hei-de usar até ficar meio desfeito. Recordo os mais distraídos de que é tóxico. Que bom que o não seja para quem gosta de olhar para ele...

23 outubro 2018

Outono primaveril

Não encontrava pouso para fazer a composição, começava a preocupar-me com os elementos mais efémeros, quando deparo com uma ilha de flores de açafrão bravo. Incorporei-nos no conjunto e deu esta fantasia pessoal de Outono, embora pareça de Primavera.

22 outubro 2018

Lâminas

A parte que prefiro de um cogumelo é a face das lâminas. Alguns têm-nas realmente muito bonitas. Estas não são especiais, mas agradou-me este efeito.

21 outubro 2018

Regresso

De volta a um dos lugares preferidos para fazer composições, carregada de dádivas outonais, foi compor até o sol se pôr.

20 outubro 2018

Hortênsias

Gosto tanto destas flores... Azuis, rosa, roxas, brancas, verdes, com nuances, madeixas, frescas, secas, com caule, decapitadas. Por elas sou capaz de ir aos Açores, embora Trancoso já faça uma bela perninha em matéria hortênsica. Segundo uma habitante local, a proprietária de uma loja pôs (aqui toda a gente escreveria «colocou», mas embirro com essa palavra que meteu o pobre verbo «pôr» na solitária; adiante...), pôs, repito, um vaso de hortênsias de cada lado da entrada da porta da rua. A vizinha imitou-a, outras seguiram esta e agora nalguns pontos das ruas floridas passa-se de lado, se se quiser evitar o roçagar das flores pela anatomia.

Estas foram-me ofertadas pela amiga Lina Sampaio, colhidas no jardim que trata com desvelos maternais.

Quanto às bagas, trouxe-as da Serra da Estrela, onde abundam. Mas também já vi umas duas ou três arvorezitas carregadas delas no Marão.

Salva por fungos

O Outono é mesmo uma estação farta. São tantas as formas, os padrões e as cores que não há tempo suficiente para experimentar a infinidade de combinações possíveis. Ocorre-me o ditado forjado e temperado em séculos de fome: «Do cerejo ao castanho, bem me eu avenho; do castanho ao cerejo, é que eu me vejo», que não se adequa à Maria Natura porque durante o Inverno e início de Primavera há bastantes e variados fungos.

19 outubro 2018

Rios secos

Esta é uma espécie de composição dupla. Não foi para tentar agradar a gregos e a troianos, mas agora que já está, também pode servir essa finalidade. Foi assente em leito de rio seco, que é como está o Sordo nos carvalhais entre Quintã e Foz, no Vale da Campeã. E há quem tenha ficado cansado da chuvita que caiu...

Ei-lo

E é isto: o Outono chegou à serra. Já não era sem tempo.

15 outubro 2018

Muita uva, pouca parra

É imperdoável que só tenha feito esta composição com uvas, mas estava à espera que as folhas das videiras ficassem mais coloridas... Agora que já estão no ponto, as uvas começam a ficar passas. Vamos ver como resolvo este desencontro. Para já, sai esta composição que inclui uns cogumelos nunca vistos antes nem depois e que mal se distinguem no meio do folhedo.

13 outubro 2018

Até quando?

As flores da primeira fotografia são de hortelã brava; que, tal como os outros tesouros, foram encontradas à volta da barragem de Vila Pouca, área que continua com o lixo espalhado por educadissimos veraneantes que por lá pousaram. Afasta-se a gente uns 2 ou 3 metros do caminho e começa a pisar lixo. Pergunto-me até quando lá ficará.

12 outubro 2018

Ubi tu gaio...

O perímetro da lagoa de Vila Pouca tem muitos tesouros. Hoje, de cogumelos, estava fraco, mas foram as flores de açafrão bravo, as patas dos lagostins, as folhas vermelhas de silvas, as flores ainda estivais e duas partes das asas de um infeliz gaio que deram interesse ao passeio. Pobre animal, cujos restos testemunham a tragédia de ter sido refeição de predador com sorte. Vou guardar-lhe as penas que usarei noutras composições. É que nunca me canso do magnífico tom turquesa das listas deste bonito pássaro da nossa região.

11 outubro 2018

Os despojos do dia

Finalmente encontrei penas de pássaro que não era pombo. Eram muitas e juntas. E bem perto destas, outra considerável colecção de restos. Não foi a primeira vez que vi despojos de várias aves na mesma área. Faz-me pensar que os predadores também têm as suas mesas preferidas.

O musgo seco do fundo e um único cogumelo ressequido mostram bem o quanto precisamos de chuva.

09 outubro 2018

À espera da chuva

Mesmo sem chuva, lá vai havendo um ou outro cogumelo. Este encontrei - o num bonito bosque de carvalhos velhos no Marão. O resto da panóplia também. A chuva anunciada para breve vai alterar as paisagens. Quem ma dera já hoje.

08 outubro 2018

Secos e frescos

Continua a surpreender-me a quantidade e variedade de flores primaveris que encontro no Outono. Estas depu-las sobre um líquen, preto de tão seco, para lhes ressaltar as cores frescas.

07 outubro 2018

Amanita com açafrão

Ainda nem acredito que já encontrei Amanita muscaria e açafrão bravo este Outono. Mas já aconteceu e hoje, apesar da falta de chuva, vou tentar encontrar mais algumas. Vamos lá ver que sorte tenho...

06 outubro 2018

Primavera no Outono

Esta composição parece primaveril pela frescura das flores, mas foi feita hoje de manhã, andadas já quase duas semanas no Outono do calendário. Os materiais foram todos colhidos no parque florestal que não tardará a ficar com o arvoredo caducifólio vestido de gala. Aproveitem essa temporada mágica que se aproxima.

05 outubro 2018

O Caminho da Seara

— Vai-me ao Caminho da Seara buscar daquelas ervas altas douradas para pôr nas jarras até ao Natal.

E eu lá ia a correr, porque gostava da sensação de liberdade que me dava a passada larga e rápida e porque era um gosto ver aquele flutuar de folhas leves que ondulavam ao sabor das brisas de início de Outubro.

Sempre que vejo esta maravilha a que se chama Stipe gigantea, lembro-me da ordem da minha mãe e daquele prazer com que a cumpria escrupulosamente. E também da alegria de percorrer o Caminho da Seara, que um dia destes tenho de visitar. Pode ser que lá encontre cogumelos, já que da planta alta de folhinhas como penas douradas e ondulantes já me abasteci na Serra da Estrela.

01 outubro 2018

Troca

Algum/a seguidor/a destas minhas andanças compositivas tem penas? Não, não é das que doem. É das de aves bonitas. Bem as procuro, mas só me saem de pombo, melro e corvo. E gostava de ter na minha colecção penas de galináceo pedrês, de papa-figos, de guarda-rios, de pato-real, de perdiz, de abelharuco, de pisco-de-peito-ruivo, para não dizer de faisão, de aves exóticas ou raras. Pois então aqui fica a deixa: troco uma fotografia impressa por meia dúzia de penas de boa figura.