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23 abril 2018

«E antes magnólias amo»

Mais uma composição feita num banco do Parque Florestal, desta vez com pétalas caídas da magnólia florida que está no jardim em frente.

O título é retirado do conhecido poema de Ricardo Reis:

Prefiro rosas, meu amor, à pátria
E antes magnólias amo
Que a glória e a virtude.

Para manifestar desinteresse pelos compromissos sociais, que dão muito trabalho e complicações, e afirmar a preferência pelos prazeres da «aurea mediocritas», Reis não recorre a flores modestas, como a margarida, ou a flores silvestres comuns, como o ranúnculo ou a flor da leituga; recorre à elegante rosa e à aristocrática magnólia. É uma opção concordante com a sua postura clássica, embora suspeite que tenha sido mais porque dizer «rosa» em poesia é convocar séculos de literatura universal e a palavra «magnólia» enche a boca de qualquer poeta. Tenho alguma dificuldade em optar por uma ou até meia dúzia de flores. Mas que as magnólias estão no meu top ten, lá isso estão.

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