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17 abril 2018

Bordado a ponto-de-fungo

Há encontros assim: anda uma alma buscadora de cogumelos às voltas e avista um tronco. Instruída por essa «madre das cousas» que é a mestra experiência, sabe que não deve passar por ele como cão por vinha vindimada, mas que deve verificá-lo, ainda que o lugar em que se encontra seja de dificultoso alcance, a requerer competência alpínica ou extremos cuidados na descida incerta. No caso vertente, esta prosa é puro devaneio em que cai quem — não tropecem nesta aliteração algo cacofónica — gosta tanto de palavras como de apanhar cogumelos... É que este tronco estava bem à mão, e ao pé, dos passantes. Perante uma orla assim bordada a ponto-de-fungo, não foi preciso muito mais do que enquadrar os cogumelos que trazia na cesta e umas flores de leituga que por ali pontuavam o chão de amarelo luminoso.

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