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29 março 2018

Tempestades

As últimas tempestades foram devastadoras para a floresta. Partiram árvores numa quantidade inédita na minha vida e na de gente nascida muito antes de mim. O Alvão tem encostas que parecem ter sido sujeitas à fúria de uma hoste de cíclopes armados de catanas exterminadoras; o Marão tem bosques de bétulas quebradas, arrancadas, esgalhadas, esquartejadas. O rasto de destruição deixa adivinhar a violência do vento, dá uma ideia do som terrífico que terá ouvido quem estava por perto. É tal o caos da vegetação que, mais do que desoladoras, as paisagens são/estão dantescas.

Depois da tempestade, não se pode dizer que tenha vindo a bonança, mas era copiosa a quantidade de ramos partidos e de líquenes soltos. Na verdade, o chão estava coberto por estes e outros destroços. Usei alguns nesta composição e saiu quase uma meia rosa-dos-ventos. Pudesse ela amansar o zéfiro que neste momento uiva pela cidade, antes que ele continue a guerra dos seus antecessores recentes...

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