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30 dezembro 2017

Monstros

Num passeio por montes e campos, desmunida do arsenal de acessórios que normalmente anda comigo, não resisti ao apelo desta pedra de muro polvilhada do branco de uma geada inclemente. Foi só dar uns passos e achei um Amanitas muscaria, que logo rodeei das folhas que por ali havia. A fotografia revelou-me a cabeça de qualquer coisa entre um peixe e um réptil. Vendo melhor, com aquele olho único e vermelho, só pode ser um cíclope. A criação involuntária de um monstro reforça-me a consciência do fascínio por estas entidades fictícias. É que enquanto são destas criaturas, fantásticas, fabulosas fingidas, folgam as costas do arrostar os monstros reais, verdadeiros, diários, ocasionais, visíveis, invisíveis e inevitáveis.

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