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03 julho 2018

Sambucus nigra

O sabugueiro ainda está em flor. Alguns não gostam desta árvore porque suja muito quando tem bagas; eu gosto da forma umbelada das flores. Parece que têm propriedades medicinais, quando infusas depois de secas. Lembro-me de em criança fazer pomada com cascas de ramos tenros derretidas em azeite fervente. Era o remédio caseiro para as queimaduras, muito procurado por ter grande efeito no alívio de tão terríveis dores. Imagino que também possa ser um bom creme de beleza. Nunca o vi à venda, hei-de tentar recuperar essa receita secreta. Agora mesmo, ao googlar «creme de sabugueiro», fiquei a saber que a flor também foi ao casamento mais badalado do ano, entrando como ingrediente do bolo da noiva Meghan Markle. Pronto, isto convenceu-me a procurar a receita perdida do creme mágico. É que se conseguisse convencer a duquesa de Sussex a usá-lo para manter o aspecto porcelanoso da sua magnífica pele, podia estar aqui um filão económico a explorar. Ah, talvez devesse melhorar o experimento com alguma virtude secreta dos cogumelos... Definitivamente, não se pode menosprezar as características da Sambucus nigra.

Falta-me outra memória de infância relacionada com esta árvore. Na noite de consoada, nas aldeias ainda sem televisão por mais uns bons aninhos, a criançada jogava «ao rapa». O rapa jogava-se com um pequeno pião com o corpo em forma de dado, feito, precisamente, de ramo de sabugueiro.

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