Sob um sol de «derreter untos», revisitei o Cabo Espichel, ritual que já conta décadas. Deparei-me com vedações e pistas por onde se pode andar em segurança, com muitos mais turistas, um barzinho simpático, onde consegui resistir ao enriquecimento da minha colecção privada de conchas, o mesmo estado das ruínas do edifício das irmandades, que aparece nuns poucos filmes estrangeiros, talvez pela fotogenia hiper-explícita da extensa colunata. Por sua vez, a vegetação e o solo estavam ressequidos, mas mesmo assim, havia flores delicadíssimas, como esta azul que se vê na composição. O que mais me impressionou foram os milhares de caracóis pendurados nos caules secos de flores e ervas. Imagino que, assim fornecido, o lugar esteja assinalado na rota dos apanhadores de caracóis.
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