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22 junho 2018

Despedida de Primavera

Este post é uma baralhada. No dia em que começa o Verão, publico a fotografia de uma composição feita no início do Inverno. E publico-a hoje porque me parece ser a última oportunidade este ano, pois quero falar da Primavera.

Como já disse, o Inverno era ainda recém-nascido, no entanto, havia já estas flores simples. Nelas senti as palavras de Anna Akhmatova quando dizia que na gélida Rússia havia quem sentisse a Primavera no Natal... Eu senti-a dois dias antes, nestas flores, na suave frescura que elas emprestam à composição. Então pensei na importância que os povos dos países com invernos longos e rigorosos atribuem às flores e que manifestam oferecendo-as por qualquer motivo, comprando-as sempre que podem, e até em momentos de grande dificuldade económica, incluindo nos jardins espécies que em Portugal abundam nos montes. Refiro-me às urzes, à giesta, ao rosmaninho, à flor do caril, just to name a few. De facto, por cá, estas flores são tão abundantes que se tornam invisíveis, quase ninguém dá por elas, pouquíssimos lhes reconhecem valor decorativo.

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